2300 tardes e manhãs ou 1150 sacrifícios?

 

O objetivo deste estudo é mostrar a correta interpretação para os 2300 dias e não 1150. “A frase traduzida por ‘dias’ significa um período de 24 horas. A frase em hebraico é ereb boqer, que significa literalmente: ‘tarde-manhã’. Esse mesmo conjunto de palavras é usado 22 vezes no Antigo Testamento hebraico. Quando a intenção é indicar um período de 24 horas, sempre aparece ‘tarde-manhã’ e nunca ‘manhã-tarde’… A relação entre Daniel 8 e 9 revela que os 2300 dias são anos e indica o ponto de início do período. A visão de Daniel 9 foi dada em 538 a.C., 13 anos depois da visão de Daniel 8 (551 a.C.). Gabriel disse a Daniel que ‘setenta semanas’ (‘setenta setes’, em hebraico), seriam cortadas dos 2.300 dias. Esses ‘setenta setes’ devem se referir a 490 anos, porque eles devem chegar até o tempo do Messias. Como 490 anos não podem ser tirados de 2.300 dias literais, esses dias devem ser símbolos proféticos de 2.300 anos.” Lição nº 4 Esc. Sab., 3º trim/96 p. 5, 24/7/96 “A teoria de Antíoco não teve origem cristã. Foi um pagão e inimigo do cristianismo chamado Porfírio, conhecido pela alcunha de ‘Sofista’ (que morreu no ano 304 d.C.) o inventor da teoria. Ele a forjou com o intuito de desacreditar o livro de Daniel, e tentar provar que aquele livro foi escrito depois de terem ocorrido os fatos apontados pela profecia.” Lourenço Gonzales A grande profecia de Daniel 8:14, a maior da Bíblia, tem sido especulada da maneira mais psicodélica possível. Vamos conhecer a verdade bíblica. TARDE E MANHÃ 7 dias não são 14 tardes manhãs, como dizem uns de outra linha interpretativa, quando afirmam ser 1150 dias, levando o leitor, não atento, à aceitar a teoria epifanista. Bem, que a criação de todas as coisas se deu em seis dias, nenhum de nós, cristãos, duvidamos. Que Deus descansou no Sábado e que o dia é composto de uma tarde e uma manhã, também é irrecusável, mas… entender que sete tardes e sete manhãs, são quatorze tardes e manhãs é descuido matemático. Se uma tarde e uma manhã perfazem um dia de 24 horas, como ensina a Bíblia, sete tardes e sete manhãs são claríssimamente 7 dias. Como quatorze tardes e quatorze manhãs são 14 dias. Da mesma forma vinte e oito tardes e vinte e oito manhãs são 28 dias. E assim sucessivamente. Um exemplo simples pode ser encontrado no dilúvio, “Quarenta Dias e Quarenta noites” (Gn 7:4, 12; Ex 24:18; 1Rs 19:8; Mt 4:2). Levando em consideração que falamos em mesmos termos ou equivalências, quanto tempo refere-se 40 dias e noites? Acaso foram 20 os dias do dilúvio? Foram 40 dias ou 80 tardes e manhãs? Ora, é evidente que são 40 dias completos (ciclos de 24 horas), compostos de 40 tardes e 40 manhãs. Uma tarde e uma manhã não podem ser duas tardes e duas manhãs. Será sempre um dia. Assim sendo, 2300 tardes e manhãs são 2300 dias literais, completos ciclos de 24 horas. Como se tratam de tempo profético, são então 2300 anos, porque no estudo da profecia um dia equivale a um ano. A Bíblia estabelece o dia-ano como “padrão para tempo profético”. Ex: “Cada dia representa um ano… Quarenta dias te dei, cada dia por um ano.” Nm 14: 34. Ez 4: 6. Diante da contundência do argumento bíblico, buscam-se uma saída dizendo que “tarde e manhã” siginifica holocaustos. O Pastor Adventista Arnaldo Christianini, de grata memória, nos dá, a respeito a seguinte luz: “Nas ocorrências de ‘tarde e manhã’ no 1º capítulo de Gênesis ainda não havia sequer a idéia de holocaustos, os quais só aparecem posteriormente no código levítico, e nenhuma relação se pode estabelecer entre tarde e manhã e holocausto, e muito menos tentar designar ‘tarde e manhã’ como unidade separada de um todo. É contra a verdade, a exegese, a lógica, o bom senso e a razão. “Sempre que a Bíblia se refere a holocaustos de um dia, ela os indica em ordem inversa, isto é, em vez de ‘tarde e manhã’, diz ‘holocausto da manhã e da tarde’, sempre incluindo nescessariamente a palavra ‘holocausto’. Vem sempre em primeiro lugar o holocausto da manhã, que era o mais importante, contínuo, e em segundo lugar o holocausto da tarde. Ex 29:39; Lv 6:20; Nm 28:4; 2Cr 2:4; 31:3. Ed 3:3; 2Cr 13:11. “O holocausto da manhã, como se disse, era o principal, contínuo e sua regularidade era absoluta (Nm 28:23; Lv 9:17; Am 4:4). Portanto é precaríssimo o argumento de que ‘tardes e manhãs’ signifiquem holocaustos. Não tem a menor base, mesmo porque os holocaustos também se realizavam em horas intermediárias.” – Revista Adventista, 4/73, pág. 7. Tais argumentos por si só bastariam para os que sinceramente buscam a perfeição em Cristo, porém daremos a palavra ao poderoso Jeová: Dn 8:26 – “A visão da tarde e da manhã… se refere a dias ainda muito distantes.” Se o criador diz “dias”, quem terá a coragem de dizer “holocaustos”? Quem contestará o Senhor? Que não sejamos nós, amados. A última etapa deste estudo é o cumprimento desta profecia. Graças a Deus já sabemos que se trata de dias, e não holocaustos. Que são 2300 dias e não 1150. Agora, quando isto se cumprirá? Daniel 8:17 – “…porque a visão se realizará no Fim do Tempo.” Daniel 8: 19 – “…porque ela (a visão) se exercerá no determinado Tempo do Fim.” O livro de Daniel, como é sabido, estava “selado” desde o sexto século a.C. (Dn 12:9). E se está selado, está mesmo. Somente seria aberto no Tempo do Fim (Dn 12:4,9), e não pode haver dois tempos do fim, o dos selêucidas (Antíoco Epifânio) e o nosso (século XX). Na época de Antíoco, o livro de Daniel estava no pergaminho, e “selado”, pois que, nesta ocasião não lhe deram especial atenção nem a ciência havia sido multiplicada, como são as características exigidas em Dn 12:4 e que ocorreriam matematicamente no Tempo do Fim. Querido irmão, se a Bíblia afirma que o período profético dos 2300 anos teria cumprimento no Tempo do Fim, como pois se pode ensinar tenha-se cumprido no tempo dos selêucidas (168/165 a.C.), não é? (Deste período seriam tirados 490 anos, lembra-se? Como se pode tirar 490 anos de 2.300 dias?). Pior será tirar de 1150 dias! Se se tomar o ano judaico de 360 dias, sem admitir que tivesse havido a inserção do 13º mês (o Ve-Adar) que destinava a acertar o tempo das estações e aproximar-se do ano solar, então teremos, de fato, apenas 1105 dias. Mas nunca 1150 que ‘seriam’ exigidos pela profecia dos epifanistas. Por outro lado, se se admite a inserção do 13º mês (como se fazia, de quando em quando, obrigatoriamente, nos calendários lunares, e o judaico o era), então teremos, quem sabe, 1120 ou 1130 dias. Se se tomam os meses lunares que somam o ano de 354 dias, então dará menos ainda… nunca dará 1150 dias. Sempre ficarão faltando dias. Sempre. – Revista Adventista 3/73, A.B. Christianini.

Estas, pois, são apenas algumas razões bíblicas, claras e evidentes. Com sinceridade não duvido que o “Tempo do Fim”, ou o “Determinado Tempo do Fim”, começou no século passado, quando se deram o cumprimento dos grandes sinais precursores da volta de Jesus (Jl 2:30, 31; Is 13:10; Am 8:9; Mt 24:6-8, 11, 24, 29; Lc 21:9-11, 25, 26), corroborado com o grande avanço tecnológico e científico. Dn 12:4. Não é por conseguinte, mais razoável, lógico e correto, aceitar que o cumprimento dos 2300 anos tenha sido em 1844, quando de fato, tal data está dentro do contexto do final de todas as coisas? A ciência, os meios de comunicação e os próprios povos, indicam-nos que estamos vivendo os “Tempos do Fim”.

2 comentários em “2300 tardes e manhãs ou 1150 sacrifícios?

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